A nova fronteira e o desafio da performance natural

Se o desafio no laboratório é complexo, o desafio no papel não é menos complicado. O próprio conceito de “rótulo limpo” não possui uma definição legal clara, operando em um campo cinza e confuso entre o marketing e a regulação. Nessa equação também está o consumidor, que nem sempre conhece as especificações da lei, mas que está cada vez mais atento para esses detalhes.

Muitas das soluções naturais mais eficazes passam por processos de extração, purificação ou fermentação controlada para garantir a potência tecnológica. Como explica Júlia Coutinho, Sócia

Fundadora da Regularium, isso cria um paradoxo regulatório: o ingrediente é “natural”, mas seu processo de obtenção o aproxima de um aditivo funcional. Para aumentar a complexidade, a velocidade da inovação em ingredientes é, hoje, muito superior ao ritmo de atualização do arcabouço regulatório. A ANVISA, segundo a especialista da Regularium, possui uma agenda focada em temas de maior risco sanitário imediato, o que acaba por colocar a inovação em alimentos, como a aprovação de novos ingredientes ou tecnologias de conservação, em um ritmo mais lento, gerando imprevisibilidade para a indústria.

“Embora sejam comercializados como naturais, muitos ingredientes são obtidos por processos que modificam substancialmente as matérias-primas originais, para garantir uma eficácia tecnológica similar aos aditivos alimentares que pretendem substituir. Essa situação gera preocupações com a segurança de uso desses ingredientes, além de criar situações potencialmente enganosas do consumidor.”

Júlia Coutinho
Sócia-Fundadora
REGULARIUM

Leia mais em: https://regularium.com.br/a-nova-fronteira-e-o-desafio-da-performance-natural/

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